segunda-feira, 10 de junho de 2013

Para meus amigos e amigas, com todo meu amor!

Estava assistindo a um vídeo sobre os cinco maiores arrependimentos que as pessoas têm antes de morrer. O quarto é "gostaria de ter mantido contato com meus amigos". Isso tocou fundo em meu coração...

Pois é, a reviravolta drástica que fiz há alguns anos quando mudei de vida, mudei de cidade emprego, entre outras coisas, me fez enxergar tantos detalhes que antes passavam desapercebidos ...

Eu vivi tantos anos em São Paulo e antes mesmo de me mudar, deixei tantas pessoas perdidas para trás, quando eu ainda estava lá, tão perto. Então me pergunto: por quê será que estas coisas acontecem? Meio estranho pensar nisso...

Minha cabeça vive povoada de recordações e as pessoas vão voando pela minha mente num tumulto enorme de sentimentos, tristezas, alegrias, elas vem e vão, trazendo cada uma sua história, minha história, nossa história.

São tantos amigos, é tanta vida que eu me pergunto: Como cabem tantas vidas em mim? Com tantas pessoas caminhei, aprendi, vivi, sorri, briguei, quanto caminhei.

Na infância as crianças da minha rua, aquelas com as quais cresci, me misturei, nos misturamos em nossas famílias, cada um na sua casa, todos juntos na mesma história, na mesma brincadeira, no mesmo futuro infinito. Éramos todos tão pequenos, tão pouco sabíamos do que ia nos acontecer, da distância que um dia teríamos uns dos outros, o quanto seríamos estranhos, é uma pena... Uma pena viver sem saber que um dia estaríamos tão longe e haveria tanta saudade.

Na juventude, aquela loucura do viver! De viver tudo, a todo instante, a cada minuto, o tempo todo, sem pensar, sem preocupar, só viver. São tantos risos e tantas lágrimas, crescer dói. Aprendemos juntos, que a morte e vida andavam muito perto. Sofremos, crescemos, vivemos.

Tive amigos e amigas tão especiais, tive tanta sorte nesta vida... 

Às vezes, já disse isso antes... Só algumas vezes, me esqueço de quem sou, fico brava, brigo com Ele, faço cara feia, choro de raiva. Quero mais, acho tudo pouco. Quanta ingratidão.

Estudei numa escola privilegiada, repleta de pessoas criativas, cheias de vida e energia, que não se conformavam com a vida comum, estudavam e davam cores ao mundo. Artistas.

Fiz tantos amigos nos lugares que trabalhei, conheci tantas coisas por eles, pelas mãos e pelos carinhos deles, vivi tanto, sonhei tanto, sorri tanto. Tanto do que sou hoje, devo a tantas pessoas que passaram pela minha vida, tão sutilmente, tão delicadamente que eu nem percebi... E se foram, mas deixaram um pouco deles em mim.

Sendo assim, como posso reclamar eu da vida? Me sinto tão rica em momentos como este, que consigo me despir de mim mesma e passo em palavras o que tenho em meu coração.

Quantas pessoas que vivem neste mundo, nascem já sozinhas, vivem suas dores sozinhas e muitas vão morrer  também sozinhas.
  
Eu não... Eu tive muitos amigos!

Com eles cresci, com eles vivi, com eles parti em busca dos sonhos. Quisera eu ser recordada por algum deles, em algum momento bom, me sentiria mais repleta ainda. Então deixo aqui esta  frase, muito linda, que descreve bem meu sentimento hoje, para todos vocês: 

“a felicidade aparece para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam em sua vida.”